Ian Bergin, o diretor de moda masculina, conversa sobre a evolução da marca e a sua nova proposta, a coleção Heritage+

Conhecida mundialmente por sua durabilidade, funcionalidade e preço justo dos produtos, Barbour, a gigante britânica da moda, em sua celebração de 130 anos, faz uma viagem de volta às suas origens para trazer a nova coleção Heritage+. A marca, que se aprofunda nos seus incontáveis anos de experiência na indústria da moda, busca trazer uma reimaginação têxtil juntamente com as icônicas silhuetas que a consolidaram. Para comemorar a nova coleção, nós conversamos com Ian Bergin, o Diretor de Moda Masculina da Barbour, que nos contou não apenas sobre a nova coleção, mas também sobre a evolução futura da marca.

Fundada no nordeste da Inglaterra em 1894, a Barbour tornou-se um sinônimo de vida ao ar livre graças a confiabilidade de seus produtos. Relembrando o centenário de seu renomado serviço de cera para jaquetas, que proporciona um processo circular sustentável para os clientes, extendendo o frescor dessas peças por ainda mais tempo.

Crescendo em Manchester, Bergin desenvolveu naturalmente um apreço pelo estilo. Tendo iniciado sua carreira na moda pela Paul Smith, no alvorecer do novo milênio lançou seu próprio negócio e se tornou consultor para marcas de moda. “Comecei a viajar para a Ásia, especialmente o Japão, e minha paixão por design, produtos, artesanato e fábricas desabrochou”, explica a paixão que despertou na indústria.

Uma presença constante na moda britânica, Bergin juntou-se à equipe da Barbour há 13 anos. A longa e rica história da marca, os processos inovadores de criação de vestuário e a relação pessoal que ele desenvolveu com a marca foram o que o atraíram para a posição. “Não somos uma marca de moda, somos uma marca que está na moda”, exclama ao referir-se à presença da marca no mercado. “Temos uma linguagem de design casada com utilidade e uma abordagem pragmática de como uma peça de roupa deve funcionar.”

A Coleção Heritage+ da Barbour não é apenas o relançamento de designs antigos, mas sim a reinterpretação desses designs, como explica Bergin, “não podemos produzir designs de arquivo como, de certa forma, isso seria apenas produzir fantasias”. A marca toma cuidado em preservar os detalhes preciosos de suas antigas peças, e manter uma construção prática e inteligente em mente ao desenvolver novos produtos.

Indagado sobre como Barbour conseguiu se manter inovador sem deixar de lado a identidade centenária, Bergin disse, “Nossos produtos são frequentemente chamados de ‘icônicos’. É uma palavra poderosa, mas não imprecisa quanto aos nossos produtos centrais. Se transformaram atendendo a necessidade de proteger os trabalhadores das indústrias do nordeste no início do século.”

Finalizando nossa entrevista, Bergin compartilhou seu olhar para o futuro da moda e para onde vê a Barbour se dirigindo. “Os consumidores vão querer uma mistura de novo e antigo. Acredito que reutilizar peças e misturá-las com menos peças novas será um movimento forte que vai crescer nas próximas duas décadas. Ter uma abordagem mais sustentável, obter valor dos produtos e investir em peças que duram, que complementam seus valores e pareçam melhores com a idade, se adequa muito bem à Barbour.”